Jovem sofre preconceito e humilhação por causa de aparência. Confira!
Luciene Anselmo de Faria, de 26 anos, sofre com as consequências de
uma má formação no rosto. Ela tem um problema na mandíbula que deixa o
seu rosto torto e lhe prejudica no dia a dia. Ela consegue comer mas,
como respira apenas pela boca, às vezes, sente falta de ar. Além disso,
Luciene nasceu sem uma das orelhas e não escuta nada do lado direito.
Mas o maior problema é a sua aparência. Ela conta que é vítima de
preconceito desde a infância. “Minha mãe falou que eu nasci assim. Sou
assim desde criança. Eu chorava muito e não queria ira para a escola. As
pessoas falavam que eu usava uma máscara de Halloween”, explica.
Mesmo adulta, o preconceito continuou. Ela diz que passa por várias
humilhações e nunca conseguiu um emprego por causa da sua fisionomia.
“Toda a vez que eu mando currículo, eu vou fazer a entrevista e não
consigo entrar por causa do meu problema”, acredita. Antes de se casar
com o atual marido, ela engravidou e teve dois filhos, uma menina, que
atualmente tem 5 anos, e um menino, de 3 anos. Luciene conta que o pai
das crianças a deixou por causa da aparência. “Ele mandou eu tirar o
bebê porque pensou que ele ia ficar que nem eu. Depois, ele chegou a
conhecer mas eu não deixei registrar”, relata.
Por causa da fisionomia, ela foi procurar um tratamento com
especialistas. Marcelo Quintela, professor de ortodontia da Universidade
Metropolitana de Santos, conheceu o caso de Luciene há algum tempo. Ele
explica que Luciene foi crescendo, mas a mandíbula dela não se
desenvolveu. “Ela ficou com uma mandíbula infantil. Alguma coisa
aconteceu durante a gestação. É possível que ela tenha tido alguma má
formação porque ela também não teve desenvolvimento ouricular”, diz o
dentista.