Para não disputar uma mulher, dois homens aceitam dividi-la. Confira!
Para não brigar por uma mulher, dois
homens assinaram um acordo no Quênia para compartilhá-la, união bem
incomum neste país da África Oriental, informou nesta segunda-feira o
jornal local “Daily Nation”.
Um homem se casar com várias mulheres é
legal e prática bastante difundida em algumas comunidades no país
africano, mas até agora não se conhecia nenhum caso de uma mulher com
mais de um marido.
Os dois maridos assinaram o curioso
contrato em Kisimani, cidade no sul do Quênia, depois de descobrir que
ambos se relacionavam com ela há mais de quatro anos.
Os pais da noiva deram permissão aos dois pretendentes para viverem juntos e “pagar o preço da namorada” assim que possível.
Eles foram até a delegacia de polícia
com o acordo escrito, que também estabelece que os dois cuidarão das
crianças que a esposa venha a ter e compartilharão juntos as despesas da
casa.
“Fiquei surpreso de ver dois homens
lutando por uma mulher que diziam ser viúva e mãe de gêmeos. Tentei
resolver de outra forma, mas eles insistiram que nenhum deles poderia
viver sem ela”, contou o policial Adhalah Abdulrahman.
Quando o agente pediu à mulher que
escolhesse um dos dois namorados, ela também se recusou a optar, porque
não poderia viver sem nenhum deles. A confissão fez com que os
pretendentes, Sylvester Mwendwa e Elijah Kimani, aceitassem se revezar
para viver com a amada, que não teve o nome revelado.
Para que a união seja considerada
válida, os homens precisarão provar que a poliandria (poligamia com
vários maridos) faz parte de seus costumes.
A poliandria é mais “anormal que
ilegal”, já que as leis matrimoniais no Quênia não a proíbem de forma
explícita, esclareceu a advogada Judy Thongori, especializada em
assuntos de família.
O presidente do Colégio de Advogados do
Quênia, Eric Mutua, disse que para o casamento ser reconhecido no
Quênia, os homens precisam provar que a poliandria faz parte dos
costumes locais, embora até o momento não se conheça “nenhuma comunidade
africana que faça isso”, disse.
A Constituição queniana, acrescentou
Mutua, reconhece “o direito de uma pessoa, não de várias, de se casar
com uma pessoa do sexo oposto baseado no livre consentimento”.
A Carta Magna permite, no entanto, que o
casamento seja reconhecido como parte de um conjunto de tradições,
práticas religiosas ou normas familiares, desde que não inflijam
diretamente a lei.
Fonte: UOL Notícias