3456

Projeto dá primeiro passo para estudar a imortalidade e recebe 5 milhões de dólares para pesquisas

Recentemente, grande parte da imprensa mundial fez eco às declarações do cientista norte-americano Robert Lanza, que afirmou que a morte seria uma ilusão da mente humana e que a vida, depois de desenvolver suas possibilidades em universos paralelos, ao morrer do corpo, se converte em uma "flor perene que volta a florescer no Universo". Estas declarações, assim como o interesse no assunto, indicam uma tendência no aumento de estudos para a pesquisa do tema. Atualmente, ao menos dois importantes projetos internacionais se dedicam à investigação sobre a imortalidade, aprofundando o estudo dos fenômenos sobre experiências próximas da morte.



Projeto dá primeiro passo para estudar a imortalidade e recebe 5 milhões de dólares para pesquisas


A Fundação John Templeton investiu US$ 5 milhões no projeto Immortality, que pretende estudar de maneira integral a imortalidade, reunindo ciência, filosofia e teologia. Segundo explica John Fischer, diretor do projeto, a investigação será centrada nas experiências próximas da morte para averiguar o que acontece nestas situações. Pessoas envolvidas no projeto acreditam que poderão encontrar algo importante sobre a vida de cada um, ou sobre seus valores, ou alguma informação sobre a vida futura.


O projeto também quer estudar as diferenças culturais que rondam o imaginário da morte já que, por exemplo, os norte-americanos têm experiências próximas da morte em que relatam ter visto um túnel com uma luz brilhante, enquanto os japoneses dizem ter visto um jardim.
Um outro projeto sobre o assunto reúne um grupo de pesquisadores da Universidade de Michigan, nos EUA. Os pesquisadores publicaram um estudo sobre o tema na revista Proceedings of the National Academy of Sciences que descreve o comportamento de ratos de laboratório que passaram por experiências próximas da morte. Muitos sinais elétricos típicos da consciência excederam os níveis apresentados na vigília, o que indica que o cérebro é capaz de produzir atividade perfeitamente organizada no começo da morte clínica. Segundo a principal autora da pesquisa, Jimo Borjigin, "este estudo formará a base para outros trabalhos no futuro com humanos, para a investigação das experiências mentais que ocorrem no cérebro quando se está morrendo".

Até que a morte não deixe de ser um dos grandes enigmas da vida, um mistério indecifrável para a mente dos mortais, estas pesquisas podem nos ajudar a avançar um pouco mais no tênue limite que separa a vida da morte.